Psicanalise
A psicanálise surgiu na década de 1890, com Sigmund Freud, um médico interessado em achar um tratamento efetivo para pacientes com sintomas neuróticos ou histéricos. Conversando com os pacientes, Freud acreditava que seus problemas se originaram da inaceitação cultural, sendo assim reprimidos seus desejos inconscientes e suas fantasias de natureza sexual. Desde Freud, a psicanálise se desenvolveu de muitas maneiras e, atualmente, há diversas escolas.
O método básico da Psicanálise é a interpretação da transferência e da resistência com a análise da livre associação. O analisado, numa postura relaxada, é solicitado a dizer tudo o que lhe vem à mente. Sonhos, esperanças, desejos e fantasias são de interesse, como também as experiências vividas nos primeiros anos de vida
Psicanalise e Educação
Pensar sobre uma conexão entre psicanálise e educação, provoca uma tempestade de idéias e uma reflexão sobre tal possibilidade.
Os dois campos são diferentes a começar pelos objetos de interesse e pelos sujeitos que demandam esses saberes.
O objeto da psicanálise é o inconsciente e o funcionamento do aparelho psíquico,e o da educação é o conhecimento. O psicanalista é o analista e o professor, o educador. Para a educação o foco central dos problemas de aprendizagem quase sempre é o aluno.
Para ela, a educação é apenas o caminho, não a chegada. É um encontro com as diferenças, não com as semelhanças, é onde a linguagem sustenta os sujeitos desejantes nas figuras do educador e do educando, onde as contradições e antíteses permeiam toda relação de amor e ódio, real e
simbólico, ideal e único, desejo e medo do saber, boa e má qualidade de educação, soluções e problemas de aprendizagem, psicanálise e educação...
A pedagogia tenta ignorar a realidade da condição humana, esperando que o aluno seja um ser ideal enquadrado em normas que acredita, o façam aprender, enquanto que a psicanálise aponta para essa realidade.
O conhecimento é o objeto de desejo que circula entre professor e aluno.
Para a psicanálise, o desejo de saber origina-se da curiosidade sexual. A atividade intelectual depende da sublimação e da identificação com o professor que tem papel fundamental em despertar o desejo.
Para alguns autores, a contribuição da psicanálise à educação seria a descoberta do seu poder antagônico de ser nociva e ao mesmo tempo necessária. O educador pode aprender com a psicanálise a refletir sobre sua prática pedagógica.
O que se precisa levar em conta é o fato de que em pouco tempo, uma criança precisa assimilar a cultura de uma sociedade que levou milhares de anos para se constituir, além, é claro, de ter que controlar seus instintos e se adaptar socialmente. Essa é a primeira tarefa da educação: fazer com que a criança se enquadre no padrão esperado.
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